Ainda sem um vice em sua chapa pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Republicanos prometeu construir ferrovia ligando Sorocaba a São Paulo e, ainda, valorizar profissionais da Segurança Pública. Ele promete acabar com as câmeras corporais de PMs, um projeto do ex-governador e tucano, João Dória. “Quem precisa ser monitorado é o bandido e não os policiais”, afirmou sob aplausos de 3 mil pessoas que lotaram o Clube de Campo Sorocaba, na última segunda-feira, 23.
Em um momento o qual a Covid-19 indica potencial crescimento de casos, mesmo que sob maior controle com a cobertura vacinal da população, a maioria dos convidados participou do ato sem máscaras.

Recepcionado pelo prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) o próprio chefe do Executivo incorporou a imagem de um futuro líder nacional, envergando a bandeira do Brasil nos ombros, com as bençãos do presidente nacional do partido, deputado federal Marcos Pereira.
Mais tarde, Tarcísio se deixaria envolver com a bandeira do Estado de São Paulo, também sobre os ombros.

Potencial candidata a vice na chapa de Tarcísio, primeira-dama e presidente do Republicanos sorocabano, Sirlange Magnhato, discursou defendendo “os valores da família”, aos moldes da atual corrente conservadora de combate à ideologia de esquerda. “Nós não podemos permitir isso a nossas famílias (…) e nós temos que nos posicionar agora, temos que andar para a frente e não de lado”.
Sirlange ainda disputa o cargo de vice com outras duas concorrentes: a deputada federal, Rosana Valle (PL) e a tenente-coronel, Helena Reis, ex-chefe da Casa Militar no governo Alckmin. O seu nome foi lembrado no evento e, ainda que recentemente, o ex-ministro tenha indicado que a sua vice deverá ser do PL, partido de Bolsonaro, o nome da presidente do Fundo Social de Solidariedade e primeira-dama está despontando como uma nova liderança regional, visando até mesmo as próximas eleições municipais de 2024 como vereadora ou até sucessora do próprio marido ao Paço Municipal.
Para apoiar a sua fala, Sirlange apresentou uma criança, Maria Fernanda, que leu um manifesto escrito por um adulto e que exortava os presentes à reflexão. “É preciso sair da zona de conforto porque as coisas não são tão fáceis como parecem (…) Nós precisamos de coragem, determinação e atitude”.

Antes do discurso de Tarcísio, o cerimonial apresentou os vereadores conservadores e pré-candidatos às eleições deste ano para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados, entre eles Vitão do Cachorrão (Republicanos), Cícero João (PSD) e Vinícius Aith (PRTB) que concorrerão a deputados estaduais e o ex-secretário municipal da Saúde, Vinícius Rodrigues, a deputado federal.

Vitão foi o mais mais aclamado pelo público com o seu perfil “sincerão” e vontade de “fazer diferente” como deputado estadual. Ele até arrancou gargalhadas dos presentes e do prefeito que cedeu o seu tempo para que o parlamentar pudesse avançar, além dos 3 minutos do prazo previsto para a sua manifestação.

Porém, Dylan e Cícero chegaram a ser vaiados pelos presentes que demonstraram não ter gostado do teor de seus discursos. Claramente desconfortáveis com a reação do público, encerraram as suas participações antes do prazo de 3 minutos. Dylan ainda chegou a gesticular pedindo que fosse aplaudido, após alegar que estava rouco, “por combater a esquerda” na Câmara Municipal de Sorocaba. Não convenceu e viu apenas rostos indiferentes ao seu pedido, sendo totalmente ignorado.
Como parte da festa de lançamento de pré-candidatura o vereador Dylan Dantas (PSC) entregou a Tarcísio de Freitas o título de Cidadão Sorocabano, destacando os seus valores como “o próximo governador de São Paulo”. Um pouco antes uma cena chamou a atenção dos presentes, quando Aith se apossou de dois malhetes e uma pequena mesa de madeira. Ele simulou o lançamento de investimentos na Bolsa de Valores, convidando Tarcísio a dar os golpes característicos do mundo dos pregões.
A cena, porém, mais pareceu um gesto de rebeldia política no atual cenário de polarização da eleição presidencial, quando o próprio suporte de madeira e feltro que recebeu os golpes foi totalmente destruído com a força bruta e desproporcional a esse tipo de ato no mundo dos negócios.
O não controle do gesto de Tarcísio e Aith e que deve ser feito, tradicionalmente, na condução de um malhete com rigor e parcimônia, assemelhou-se ao próprio “desequilíbrio” inflacionário na gestão Bolsonaro com a alta dos alimentos, combustível e perda do poder de compra do brasileiro.

O ponto considerado alto pelos republicanos foi a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, que num discurso consiso e fugindo de polêmicas, apenas destacou a importância de Tarcísio chegar ao Palácio dos Bandeirantes para derrotar a esquerda, hoje representada na liderança de Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo.
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