Proposta de autoria da vereadora Fernanda Garcia (PSOL) ainda não entrou nem em votação mas vereadores da oposição se anteciparam para tentar barrar a iniciativa. O editorial da SNEWS intitulado “Ideologia que mata” critica o resultado da votação da moção de autoria do vereador Dylan Dantas (PSC).
O surgimento da variante Delta Plus na Inglaterra, após a diminuição de restrição sanitária com o maior controle da pandemia no país, mostra como a sociedade permanece vulnerável e toda medida de proteção contra a doença adquire um valor ainda maior para salvar vidas, seja do outro lado do mundo ou em uma cidade do interior paulista. https://www.paho.org/pt/covid19
O artigo alerta como a ideologia conservadora que marca o mandato de parlamentares que dão sustentação ao prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) é capaz de desvalorizar a própria vida em tempos de pandemia, sob um falso manto de garantir os direitos individuais e constitucionais do indivíduo “ir e vir”. Isso sem falar na onda de fake news que deve perdurar ainda nesse período. http://www.agenciacomunicacao.ufpr.br/site/?p=2387

A pandemia do Coronavírus que assombra o mundo nos últimos 2 anos permitiu que governos, autoridades sanitárias e cientistas pudessem atuar em um cenário de guerra, no qual novas leis também surgiram para assegurar a importância da vacina contra a doença, o estabelecimento de regras de distanciamento social e, principalmente, o uso de máscaras.
Da mesma forma como a Constituição de países afetados pela pandemia, ou a própria Declaração Universal dos Direitos Humanos, asseguram o direito à vida, especialmente quando a saúde pública integra interesses coletivos de sobrevivência em cenários de guerra. https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos
E foi justamente a obrigatoriedade de se cumprir exigências sanitárias contra a Covid-19 o motivo de um ataque de nervos do vereador Dantas. Ele tem o hábito de discursar no plenário do Legislativo, sempre sem máscara ou removendo-a do rosto, deixando-a sob o queixo. O gesto é uma afronta aos 2.800 sorocabanos que já faleceram por coronavírus e de famílias enlutadas até hoje.
Ao ser exigido que colocasse a máscara, cobrança feita pelo presidente da Câmara Gervino Gonçalves (PL) que atendia pedido da vereadora petista Iara Bernardi (PT) o parlamentar berrou, esmurrou a tribuna, ajeitou o terno com um puxão e pediu para ser preso, estendendo as mãos unidas, em direção a Gervino, para ser algemado.

A sua reação repercutiu nas redes sociais, após a a sessão da última quinta-feira, com memes e questionamentos de sua sanidade mental. O vereador petista, Francisco França (PT) alegou que “o dia que eu tiver que aprovar uma moção como essa precisarei de um psiquiatra. Alguém subir aqui e dizer que a vacina é experimental ou não está bem da cachola ou está precisando que a Prefeitura contrate vários psiquiatras porque não está bem da cabeça. Vamos precisar contratar psiquiatra para esta Casa porque algumas pessoas vão precisar”. https://www.facebook.com/francisco.franca.oficial
O vereador autor da moção ignora que apoiados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) 249 cidades já adotaram o passaporte da vacina, representando uma real preocupação com o bem-estar e saúde de milhares de pessoas.https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/informe-cnm-covid-19-28-9-21
Dylan afirmou que “se esta Casa precisa de psiquiatra não é do lado de cá. Eu não discursei contra a vacina, eu discursei contra a obrigatoriedade da vacina”. Apesar de sua justificativa o editorial da SNEWS procura elucidar que a perseguição ideológica de Dylan contra projetos ou falas da vereadora Fernanda Garcia, assim como das manifestações da petista Iara Bernardi, adquirem de fato um tom obsessivo.

Isto porque mal o projeto foi apresentado pela psolista, ainda recebendo pareceres das Comissões Permanentes da Câmara, a moção contra o passaporte da vacina já foi apresentada. A estratégia dos vereadores conservadores está dividida desta forma. https://www.fernandagarcia.com.br/post/passaporte-de-vacina%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-debatido-na-c%C3%A2mara-municipal
Dylan direciona os seus ataques, diretos e indiretos, e preferencialmente, contra Fernanda e Vinicíus Aith a Iara Bernardi. Porém, ambos também podem se revezar e condenar a ideologia de esquerda mirando as duas parlamentares ao mesmo tempo.
Não raro é possível perceber, durante as sessões que até mesmo quando a parlamentar do PSOL está de cabeça baixa em silêncio, estudando os seus projetos ou fazendo anotações, Dylan direciona o olhar para a mesa da vereadora, observando-a por vários segundos. Em seguida ele volta aos seus afazeres, indicando guardar os pensamentos para si.
Outro indicativo da predileção de Dylan pela vereadora do PSOL é que desde quando a mesma, em um contra-ataque verbal em plenário, ao se defender de uma desqualificação de sua forma de cumprimentar os seus eleitores dizendo “boa tarde ou bom dia a todos e a todos” o parlamentar, há 2 meses, praticamente, sempre inicia a sua fala na tribuna com uma espécie de mensagem subliminar a Fernanda, afirmando que “por ainda não ser meio-dia ainda é bom dia”.
Quando faz isso Dylan quer lembrar o dia que foi corrigido por Fernanda ao confundir as horas, iniciando o seu pronunciamento com um boa tarde quando ainda não eram meio-dia. Embora seja uma manifestação sutil, em política muitas falas, gestos e atitudes têm endereço certo na linguagem subliminar.

E é esse estilo do parlamentar que agora ganhou ares de desequilíbrio psicológico na interpretação do petista Francisco França e de memes que começaram a circular em grupos de whatsapp em toda a cidade. Em um deles uma edição de vídeo mostra uma médica psiquiatra explicando o que é um surto psicótico.
A edição dá a entender que o vereador teve uma reação do gênero, ao se ver contrariado e obrigado a colocar a máscara para continuar discursando na tribuna do plenário. Vale lembrar que a mesa diretora da Câmara Municipal ainda não se manifestou em torno de qual decisão tomará depois que Vinícius Aith extrapolou no decoro parlamentar, em uma discussão com Iara Bernardi. https://www.iarabernardi.com.br/

Na ocasião ele atacou a sua moral afirmando que a mesma não tinha “culhão” para defender a sua ideologia de esquerda e, ao mesmo tempo, usando um palavrão pornográfico . Nós não tornaremos público qual foi esse palavrão em respeito à moral e história política da parlamentar.
Fernanda Garcia também reclamou dos ataques que extrapolam o nível político exigindo da mesa diretora providências contra os parlamentares conservadores. A decisão do presidente Gervino Gonçalves continua ainda sem uma providência.
Iara já foi deputada federal e representante do Ministério da Educação (MEC), responsável por trazer a Universidade Federal de São Carlos ao município.
O editorial “Ideologia que mata” mostra como o conservadorismo, adotado na política sorocabana, tem afastado a população de uma maior proteção contra a Covid-19, através da aprovação de uma moção que adquire um contorno fúnebre, não respeitando as dores e sofrimento de quem perdeu um ente querido para o coronavírus.
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